quinta-feira, 1 de julho de 2010

Os oito dharmas mundanos


Os 8 dharmas mundanos que nos mantém presos à existência cíclica:

1.Crítica
2.Elogio
3.Perda
4.Ganho
5.Desconhecimento
6.Fama
7.Sofrimento
8.Felicidade

Os dharmas mundanos não são a crítica, elogio, ganho, perda etc em si,mas como uma mente samsárica se relaciona com tais acontecimentos. O fato é que buscamos conscientemente ou inconscientemente elogios, ganhar mais (do que seja), fama e felicidade, e repudiamos ao máximo seus opostos porque nos fazem sofrer. Assim geramos uma série infinita de ações, pensamentos e palavras para de algum modo conseguir o que queremos. Muitas vezes estas ações são puramente auto-centradas, conçentradas no ‘meu’ bem estar. O outro lado é o sofrimento ou a irritação com seus opostos.
Este ensinamento não indica que temos de desistir de tudo, e nunca mais buscar a felicidade, mas nos aponta a nossa própria mente e como esta é fraca em relação ao verdadeiro conhecimento da realidade de nossa identidade. Nos indica uma falha por assim dizer, e isto nos libera, porque sabemos onde esta o defeito da máquina.
Através dos 8 dharmas mundanos balançamos de um lado para outro e basta uma situação mudar, como do ganho para a perda, ou da perda para o ganho, que nos transformamos internamente, como crianças. Dependentes emocionalmente de situações externas mundanas que trazem felicidade ou sofrimento apenas nesta vida, reagimos constantemente. Encarregamos os phenomenos externos de nos fazerem felizes, coisa que eles não podem fazer, pois são impermanentes, e um dia mudam, e nós chocados, como se a mudança houvesse vindo do ‘nada’, sofremos. Agimos como seres DEPENDENTES do mundo exterior, mas somos INTERDEPENDENTES, é uma troca constante. Nada se fixa, jamais.
Buddha percebeu isto sobre a mente. O segredo é observar estas mentes de felicidade e sofrimento enquanto surgem, e tentar observar o objeto que gera estas sensações. Estando atent@s a esta flutuação, este agarramento forte ao desejo de se desfazer do sofrimento ou de manter a felicidade diminui. Porque diminui? Porque ao observar, guiar a mente, ela não foge descontroladamente por caminhos habituais, como vem fazendo a milhares de vidas. Ao trabalhar, estudar, tocar um instrumento colocamos atenção plena e fazemos o que fazemos muito melhor, sem erros. Mas quem observa a mente que observa algo? Um truque é colocar uma mente de plantão observando nossa mente e quando este sentinela se morfar com nossa primeira mente, colocamos outra mente no lugar. Tentar isto durante 2 minutos tem um efeito interessante.

É a velha pergunta, guiamos nossa mente ou somos guiados por ela? Pois, de acordo Lama Michel a verdadeira liberdade não é fazer o queremos fazer, mas ser quem queremos ser.
Isto é incrível.

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