domingo, 14 de agosto de 2011

Malas, que tipo, e como usar



Differentes materias e seus resultados:

Conchas, terra ou sementes: usado para realizar práticas ou ações pacíficas.

Ouro: para expandir o karma positivo.

Coral vermelho: práticas poderosas.

Aço ou turquesa: atividades e práticas iradas.

Pedras Raksha: práticas iradas

Sementes Bodhi: realiza todos os dharmas.

Madeira da árvore Bodhi: realiza karmas pacíficos.

Pedras: bom para práticas expansivas.

Com elementos medicinais: práticas iradas.

Jóias variadas: bom para qualquer prática (mas deve se saber quais combinações fazer, se não a prática pode ter um resultado não positivo).

Benefícios derivados dos diferentes tipos de malas:

Ferro ou aço: multiplica a virtude acumulada com cada recitação de modo geral.

Cobre: multiplica cada recitação por 4.

Raksha: multiplica cada recitação por 20 milhões.

Pérola:100 milhões.

Rubi: 100 milhões.

Prata: 100 mil.

Semente de Bodhi: manifesta benefícios ilimitados para qualquer tipo de prática (pacífica, expansiva, poderosa ou irada).

Como tratá-lo:

Seu mala deve ser abençoado por uma/a Lama e continuamente energizado por você, especialmente antes de recitar para gerar verdadeiro benefício.

É bom limpar a boca, as mãos e o mala antes de usar (pode se passar óleo de sândalo no mala por exemplo).

Segure o mala com a mão esquerda, gere-se como a deidade, segure a conta do Guru (a maior, ou com o fio) verticalmente no centro. Medite na vacuidade recitando o mantra: OM SWABAVA SHUDDO SARVA DHARMA SWABAVA SHUDDO HAM, que transforma e purifica as percepções impuras.

(Lembre-se que duas das meditações mais importante na prática do Alto Yoga Tantra são:

A CLARA APARÊNCIA – ver a divindade, mandala (mesmo que seja somente a mão, olho, coroa) claramente, ou seja, com clareza, profundidade de luz e vida.

O ORGULHO DIVINO – Separado do ego mundano).

Seu mala representa a deidade e sua palavra.

O dedão é o gancho vajra que engancha a iluminação, as deidades e bênçãos.

Se seu mala foi abençoado várias vezes deve estar sempre perto de seu corpo.

Não fique exibindo seu mala aos outros, não deixem que outros o segurem.

Segure seu mala somente quando estiver recitando, não brinque com ele.

Mantenha uma relação de humildade com o mala, não deixe-o no chão.

Malas incompletos ou roubados não devem ser usados.

Malas oferecidos a deidades como ornamentos não devem ser tomados de volta.

Malas com mais ou menos de 108 contas não servem.

Malas queimados ou roídos por animais devem ser trocados.

Estes ensinamentos foram dados por Padmasambhava não para que gerássemos mais apego pelo mala, e não o mostrássemos aos outros, mas porque para praticantes do Vajrayana um mala consagrado é necessário para recitações vajra, que resultam em bênçãos, poderes espirituais e realizações ordinárias, extraordinárias e supremas. Quer mais?



2 comentários:

  1. Muito interessante e importante, saber qual mala usar para certa prática, quais os principais materiais e seus benefícios. O mala de ervas me atraiu mais a curiosidade! E o de osso? Seria bom para qual prática?

    Grande abraço !

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  2. Oi Eduardo,

    O mala de osso é bom para retiros de deidades iradas. Mas é feito de osso para contemplarmos a impermanência da vida, dos fenômenos, do corpo etc.
    Contemplando a impermanência, meditamos na vacuidade, realizando a vacuidade atingimos a sabedoria de um Buddha. O material do osso serve como um lembrete constante do desapego e da transformação (assim como a 'kapala' ou pote de crânio usado em rituais).
    Boa prática!

    Tashi Delek

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